A 27ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo trouxe o tema “Queremos políticas sociais para LGBT+ por inteiro e não pela metade”, com pautas inclusivas.
A Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, conhecida popularmente como Parada Gay, é um evento anual que celebra a diversidade sexual e de gênero. Este evento se tornou um símbolo de união e luta pelos direitos e igualdade para a comunidade LGBTQIA+. A primeira edição do evento aconteceu em 28 de junho de 1997, e desde então vem conquistando mais participantes e reunindo integrantes e apoiadores de todas as partes do país e do mundo.
Este ano, a 27ª edição da Parada Gay de São Paulo aconteceu no último dia 11 de junho de 2023, enchendo a Avenida Paulista de cores, música e manifestações de orgulho e resistência. O evento se tornou uma plataforma para reivindicações políticas, debates sobre direitos LGBTQIA+ e para a conscientização sobre questões relacionadas à comunidade. Com o tema “Queremos políticas sociais para LGBT+ por inteiro e não pela metade”, a celebração reuniu diversas atrações em dezenove trios e apresentações de figuras públicas referências da comunidade, como a cantora e influenciadora Pabllo Vittar.
Também esteve presente o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida e a deputada Erika Hilton. O ministro fez um discurso acolhedor, com um aceno claro para a volta das pautas voltadas à comunidade LGBTQIA+ ao governo federal, sendo muito aplaudido pelas mais de 3 milhões de pessoas presentes.
A importância da Parada do Orgulho LGBTQIA+ na luta pelos diretos da comunidade
O evento que todos os anos transforma a Avenida Paulista em um palco de cores e diversidade, também serve para chamar a atenção de toda a sociedade para as urgências da comunidade. O Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo, o que mostra a importância de atrair olhares para as necessidades dessa comunidade, que sofre com perseguições, preconceitos e silenciamentos diários.
As pessoas LGBT+ enfrentam inúmeras barreiras ao longo da vida, e essa discriminação também está presente no mercado de trabalho. Segundo uma pesquisa realizada pelo LinkedIn, quatro em cada dez pessoas relatam ter sofrido discriminação no ambiente profissional. Além disso, há uma grande barreira para ingressar no mercado de trabalho, sendo ainda mais hostil para pessoas trans. Dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) mostram que cerca de 90% das pessoas trans não são aceitas no mercado de trabalho e acabam exercendo atividades informais, e em muitos casos recorrendo à prostituição por falta de oportunidades.
Este ano a edição deixou ainda mais evidente a importância da participação do Estado na luta pelos direitos e segurança da comunidade. O retorno do governo às pautas LGBT+ ficou claro já na posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que ao subir a rampa do Palácio do Planalto acompanhado de pessoas que representavam a diversidade do povo brasileiro, fez uma sinalização clara de apoio à comunidade. Dentre eles, estava presente na posse o influenciador gay e PCD Ivan Baron, que dedica sua vida à luta pela inclusão social de pessoas com deficiência e pelo fim do preconceito à diversidade.
Essa participação do Estado nas pautas da comunidade foi reforçada pela presença no evento do ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, que fez um discurso claro em apoio a essa população. É fundamental que a sociedade também se envolva na luta pela igualdade, aceitação e respeito à comunidade LGBT+. A construção de uma sociedade inclusiva e empática promove a diversidade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos, e é o único caminho para um futuro baseado na igualdade social.