O poder do voto feminino nas mudanças sociais e de gênero

Quase noventa anos após a legalização do voto feminino no Brasil, a maior parte do público eleitoral do país ainda não compreende muito bem a revolução social no ato de votar

Com menos de nove décadas de legalização oficial do voto feminino no Brasil, muitas mulheres das nossas gerações passadas, como nossas avós e bisavós, se quer podiam exercer o direito de escolha de um representante.

Com esse cenário, por anos, o Brasil foi regido e governado majoritariamente por homens, estabelecendo um cenário político patriarcal e, em muitos casos, machista. Graças à revolução sufragista, atualmente, todos os gêneros e raças pode exercer o direito de voto.

Qual é a verdadeira importância dessa conquista democrática?

Essa conquista é muito importante, pois votar vai muito além de ter que apenas escolher um político. É por meio do voto que se torna possível eleger representantes que defendam e lutem por melhorias sociais e de cidadania que privilegiem toda a população e não apenas um grupo – como era feito no passado pelo voto exclusivamente masculino, levando em conta apenas parâmetros masculinos de qualidade de vida e ignorando as condições da realidade feminina.

Mesmo com essa conquista, o caminho para a mudança em prol da igualdade e fortalecimento de uma sociedade mais justa e democrática ainda é longo. Ainda que a maior parte do eleitorado brasileiro seja feminino, a representatividade feminina no universo político ainda é muito pequena: apenas 12,3% dos cargos políticos atualmente são ocupados por mulheres e, quando falamos de pessoas LGBTQIA+, essa porcentagem é ainda menor.

Afinal, como podemos mudar esse cenário?

Nós acreditamos que vale sempre ressaltar a importância do poder de mudança que está presente no voto feminino. Em ano eleitoral, é preciso levar em consideração as ideias de políticas públicas, de inclusão, saúde, educação e segurança que cada candidato oferece, pensando não só na sociedade como um todo, mas em especial nas mulheres e minorias de gênero e raça, que hoje são as maiores vítimas das violências oferecidas por uma sociedade de leis e costumes machistas e conservadores.

Além disso, é muito importante que se tenha uma maior presença feminina em cargos de lideranças políticas: mulheres que pensem e busquem melhorias sociais representativas, que mudem a visão de padrões socioculturais de conduta preconceituosas. Uma democracia inclusiva e igualitária é possível e essa mudança está em grande parte nas mãos e na força do voto feminino!

E aí, estão prontes para iniciar essa mudança?

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