Nova Era da Ebulição Global: como manter a saúde durante períodos de altas temperaturas?

Uma onda de calor sem precedentes atingiu o Brasil e acendeu um alerta sobre como manter os cuidados com a saúde durante períodos de altas temperaturas. 

Nos últimos meses, o Brasil enfrentou ondas de calor sem precedentes, superando as médias históricas em diversas regiões e acendendo um alerta urgente sobre os impactos do aquecimento global e a necessidade da adoção de cuidados essenciais para a manutenção da nossa saúde nessa nova realidade.

A situação é tão alarmante que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que não estamos mais na era do aquecimento global, mas sim na era da “ebulição global”. Em um apelo veemente aos líderes mundiais, Guterres chamou a atenção para a adoção de medidas imediatas para limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5 grau Celsius, buscando mitigar os catastróficos efeitos do aquecimento global que já estamos testemunhamos.

Mas afinal, o que significa “ebulição global”?

Trata-se do acelerado aumento das temperaturas em nosso planeta, cujos efeitos já se fazem sentir, causando danos expressivos em nosso ecossistema. Ao longo deste ano, países como Índia, China, Europa e Estados Unidos experimentaram um aumento alarmante nas temperaturas, resultando em casos graves de insolação e até mesmo óbitos decorrentes de ondas de calor descontroladas.

No Brasil, a realidade não é diferente. Ao longo do mês de novembro de 2023, mais de 15 estados brasileiros entraram em estado de alerta devido à massiva onda de calor que assolou o país, destacando-se especialmente o Estado do Rio de Janeiro. Lá, os termômetros atingiram marcas históricas, registrando uma sensação térmica assustadora de 59,3ºC. Os habitantes de São Paulo também experimentaram na pele os efeitos do calor intenso, chegando a quebrar o recorde de temperatura do ano, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Cuidados essências com a saúde durante períodos de calor intenso

Com o aumento da temperatura global, somos levados a adotar medidas de cuidados essenciais para a preservação da nossa saúde, uma vez que a adaptação climática se tornou uma triste realidade. A exposição prolongada a altas temperaturas representa um risco significativo à vida, principalmente para os mais vulneráveis ou aqueles que fazem parte do grupo de risco.

A primeira medida a ser adotada, sem dúvida, é a hidratação constante. O aumento da temperatura corporal pode levar à desidratação, afetando drasticamente órgãos vitais e prejudicando o funcionamento adequado do corpo, situação que pode resultar em uma série de complicações e até mesmo levar a vítima ao óbito. Portanto, é essencial garantir uma ingestão adequada de água ao longo do dia, especialmente durante períodos de calor intenso.

Além disso, a proteção contra os raios solares não deve ser encarada apenas como uma questão estética, mas sim como um pilar fundamental para a preservação da nossa saúde. O uso de protetor solar deve ser considerado indispensável, assim como a redução da exposição excessiva ao sol. Sempre que possível, evite a exposição solar entre 10h e 16h durante períodos de altas temperaturas. Essa prática não apenas diminui o risco de queimaduras, mas também previne complicações como doenças dermatológicas, câncer de pele e insolação.

Grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas, necessitam de precauções adicionais. Evitar a exposição direta ao sol em horários mais quentes, garantir ambientes frescos e arejados, e manter um acompanhamento médico regular são medidas essenciais para monitorar possíveis complicações relacionadas ao calor. É importante ressaltar que esses cuidados também devem ser estendidos aos animais de estimação, que devem ter acesso a água fresca e abundante e jamais serem expostos ao sol em horários de picos.

A conscientização e a implementação de medidas preventivas são fundamentais para enfrentar os desafios impostos por essa nova realidade climática. No entanto, a necessidade de adaptação deve ser vista também como um alerta sobre nossa participação na aceleração do aquecimento global e sobre como podemos agir para mitigar a era da ebulição global, preservando não apenas o nosso futuro, mas também o das próximas gerações e de todo nosso ecossistema.

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