Entenda como o diagnóstico preciso da compulsão alimentar é essencial para um tratamento eficaz, desempenhando um papel crucial no bem-estar do paciente.
A nova edição do BBB24 está no ar, e como sempre, já surgiram diversas polêmicas, entre elas, uma ganhou grande destaque nas últimas semanas: a compulsão alimentar. O surgimento desse debate trouxe a oportunidade de abordar a importância do esclarecimento sobre a condição para a prevenção do agravamento da doença e para combater o preconceito e qualquer tipo de bulling sobre o assunto.
A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado por episódios nos quais uma pessoa consome grandes quantidades de comida de maneira descontrolada e em um curto período. Esse comportamento está associado a sentimentos de culpa, vergonha e angústia, frequentemente atrelados a sensação de falta de controle durante cada crise. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a condição afeta cerca de 2,5% da população mundial. No Brasil, 4,7% da população apresenta algum tipo de transtorno alimentar, sendo um dos transtornos alimentares mais comuns entre a população.
É de suma importância distinguir a compulsão alimentar de momentos pontuais de excesso de ingestão de alimentos, como ocorre em festas ou em raros momentos de estresse quando surge a vontade de comer doce, por exemplo. A compulsão alimentar vai além e está relacionada a episódios frequentes e exagerados de ingestão alimentar, geralmente ligados a gatilhos de outros traumas ou transtornos.
É crucial entender que a compulsão alimentar é uma doença psiquiátrica e, como tal, deve ser diagnosticada por um médico especialista. Neste mês, a campanha Janeiro Branco também traz a importância de medidas preventivas na prevenção de doenças como a depressão, ansiedade, pânico e outras condições que podem servir como gatilho para o início do transtorno alimentar. O diagnóstico desse distúrbio também funciona como uma ferramenta eficaz na descoberta de outras doenças mentais que necessitam de cuidados especializados.
Como diagnosticar e tratar a compulsão alimentar?
O diagnóstico deve ser realizado por um médico especialista em psiquiatria, em conjunto com um nutricionista e psicólogos. Além de auxiliar na identificação dos sintomas, esses profissionais também farão parte de todo o acompanhamento para o tratamento da doença. Um dos principais critérios para comprovação da doença é a frequência de cada crise; é importante destacar que o paciente precisa apresentar diversos episódios do transtorno em um determinado período para que tenha uma investigação da doença.
O tratamento consiste em acompanhamento médico, que deve ser o pilar de cada fase da recuperação. O método pode incluir alterações na rotina do paciente e uma investigação para compreender se existem outros transtornos que podem funcionar como gatilhos para as crises. A inclusão de medicamentos no tratamento pode ser indicada pelo médico em casos mais severos do transtorno.
É importante lembrar que cada pessoa é única, e o tratamento deve ser adaptado às necessidades individuais. A compreensão da compulsão alimentar como um distúrbio passível de tratamento é o primeiro passo para uma jornada de recuperação mais saudável e equilibrada. Qualquer ato de bullying ou acusação contra uma pessoa que sofre dessa condição deve ser combatido, pois esse comportamento pode agravar ainda mais as crises do paciente e levá-lo a episódios ainda mais frequentes e intensos.
Caso esteja enfrentando este tipo de transtorno não hesite em procurar ajuda profissional e construir um suporte sólido ao seu redor para enfrentar esse desafio, que não deve ser encarado com preconceito, mas sim com acolhimento e compreensão.
A relação de amor e equilíbrio com a alimentação é um dos principais fatores para uma vida mais saudável. Cuide-se!