Como reduzir o consumo de carne vermelha pode ajudar a sua saúde e o meio ambiente?

Muito além do simples fato de saciar a fome, o ato de se alimentar é também uma manifestação política de cuidado ambiental, econômico e com a própria saúde, em especial quando falamos da carne vermelha.

Há alguns anos, ambientalistas e cientistas vêm alertando o mundo sobre os riscos do excesso de consumo da carne vermelha para a saúde humana, para o meio ambiente e também para a economia. O alto consumo da proteína animal, gera um grande impacto no mundo causado pela produção em grande escala que afeta diretamente o meio ambiente com a poluição excessiva, desmatamento e exploração ambiental.

O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo e o segundo no ranking de produção, ficando atrás apenas dos EUA, segundo o IBGE. Quando falamos de consumo estamos na 6ª posição mundial, já que os brasileiros consomem em média 78kg de carne vermelha por ano. Mas afinal, o que essas informações de fato nos revelam?

Esses dados ligam um alerta em órgãos de proteção ambiental, pois quanto maior é o consumo desse tipo de alimentação, maior também é a produção de bovinos para esse fim. Com isso, gera-se um avanço descontrolado no desmatamento com intuito de destinar terreno para a agropecuária, que resulta também na contaminação do solo.

A criação bovina ainda é responsável por um grande volume do consumo de água no país, e estudos revelam que para a produção de um quilo de carne bovina gera-se em média 44kg de dióxido de carbono, um dos principais gases responsáveis por acelerar os efeitos do aquecimento global.

No que diz respeito a saúde, o consumo exagerado da carne vermelha está relacionada ao aumento do risco de câncer como aponta um estudo da OMS, que indicam um maior equilíbrio alimentar ao acrescentar à alimentação, maior quantidade de itens como leguminosas, ovos e cereais integrais, restringindo o consumo de carne vermelha para até 500gr por semana. 

Como a redução do consumo de carne vermelha pode mudar esse cenário?

Entidades como o Greenpeace não desejam o fim da produção agropecuária, mas sim em modelos de produção mais responsáveis que pensem não apenas nos lucros que vem desse tipo de negócio, mas sim em como produzir e preservar ao mesmo tempo.

Um relatório criado pela entidade revela todos os impactos que o consumo e produção excessiva de carne bovina causa ao meio ambiente e a economia. Este estudo revela ainda que o ideal para mudar esse cenário é que até 2050, o consumo de carne vermelha seja reduzido em até 50% para criar uma mudança no ciclo de produção.

A redução do consumo de carne vermelha pode parecer uma ação individual de pequeno impacto para uma mudança mundial tão significativa, mas se cada pessoas reduzir em até 50% o atual consumo de carne, essa ação ganha uma força coletiva com resultados significativos para todos. Claro, que é preciso também cobrar uma mudança dos grandes produtores para que tomem atitudes reais de produção mais adequada a preservação ambiental.

Algumas dicas podem facilitar essa mudança de hábito

Para quem ama comer carne diariamente, essa pode não ser uma mudança tão fácil, por isso pequenos hábitos podem contribuir neste processo de adaptação. Aderir à campanha “Segunda Sem Carne”, por exemplo, pode ser o primeiro passo, assim, ao menos um dia na semana você pode abrir mão de comer qualquer carne animal e começar a se adaptar.

Balancear o prato nas refeições também é uma saída, adicionar mais legumes e vegetais do que a proteína animal pode facilitar a redução sem cortar de fato esse item das refeições. Além disso, testar novas receitas, substituindo a proteína animal por uma vegetal pode te trazer novos prazeres no paladar e de quebra contribuir para o cuidado ambiental!

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