A importância e representatividade de mulheres no governo e na política

 A busca por um maior espaço para mulheres em cargos de decisão no governo revela uma importante mudança na forma de se fazer políticas públicas, trazendo representatividade para as próximas gerações.

A existência feminina foi marcada por lutas e reivindicações em nome da igualdade de gênero. Essa luta também se reflete no cenário político, mesmo antes de 1910, ano em que foi criado o primeiro partido republicano feminino no Brasil, as mulheres brasileiras vêm travando batalhas diárias para alcançar o seu espaço no cenário político, que ainda é majoritariamente composto por homens.

Apesar do aumento da participação das mulheres na política, esse avanço ocorre de forma tímida e com pouco apoio e segurança para as candidatas, que recebem constantes ataques dentro e fora das casas parlamentares. Essa desigualdade fica ainda mais evidente em uma pesquisa realizada pela União Interparlamentar feita com 192 países com um ranking de participação feminina na política, onde o Brasil apresentou um péssimo desempenho ocupando a 142° posição.

Mesmo sendo a maioria da população e do eleitorado brasileiro, segundo estatísticas do TSE, as mulheres representam apenas 34% das candidatas e somente 18% das eleitas. Essa desigualdade é resultado de uma cultura machista e patriarcal, da deficiência dos projetos de incentivo e inclusão feminina a cargos públicos e a falta de políticas de prevenção contra violência de gênero para as candidatas.

Saiba mais sobre o papel representativo das mulheres na política

A inclusão das mulheres dentro da política além de fortalecer pautas sociais, também fortalece o empoderamento feminino, enfraquecendo a cultura machista de desigualdade de gênero, inspirando assim novas gerações de mulheres a serem politicamente participativas. 

Além de possuírem uma grande capacidade e predisposição ao diálogo, as mulheres também possuem uma visão ampla e empática sobre questões relacionadas a inclusão social e de gênero, saúde, economia e pautas sobre à segurança e preservação do meio ambiente. Desta forma, sua participação no cenário político pode ser a chave para a construção de um futuro mais humano e menos desigual.

Independentemente de sua posição política, candidatas eleitas para cargos públicos no atual governo, por exemplo, possuem em sua trajetória uma atuação ativa e de grande respeito dentro do cenário político. Como é o caso da nova ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simonet Tebet, que além de advogada e professora ganhou grande destaque durante sua atuação da CPI da Pandemia devido sua postura e dedicação na apuração dos fatos. Além de estar há cinco anos na lista do DIAP, órgão que reconhece a atuação dos 100 parlamentares mais influentes do país.

Outro nome que se tornou uma inspiração dentro da política brasileira é a da ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, que além de professora e jornalista, é diretora do Instituto Marielle Franco. Ficou conhecida por seu ativismo e por sua luta pelos direitos humanos no país. Recentemente a ministra foi eleita pela revista Time como uma das mulheres do ano.

Não há como pensar na luta pela proteção do meio ambiente no Brasil sem pensar na ministra do Meio Ambiente Marina Silva e da ministra dos Povos Originários Sonia Guajajara, que dedicam suas vidas para debater a importância da preservação do nosso bioma, a proteção e segurança dos povos indígenas e por uma militância socioambiental ativa e reconhecida mundialmente.

Outra mulher que é referência no combate à desigualdade de gênero é a Erika Hilton, a primeira deputada federal trans, ela também foi a mulher mais votada no país para vereadora em 2020. Além de sua trajetória de luta pelos direitos humanos e combate à discriminação contra a comunidade LGBTQIA+, ela também desempenha iniciativas culturais para jovens da periferia.

Esses são apenas alguns nomes de grandes mulheres que fazem parte do atual cenário político do Brasil, porém ao longo da nossa história milhares de figuras femininas dedicaram e dedicam suas vidas para a construção de um país menos desigual e mais humano, desbravando caminhos para uma geração de mulheres politicamente ativas.

E que a pluralidade esteja sempre em voga, fazendo da política brasileira um espaço igualitário, verdadeiramente democrático e representativo para todos!

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