Como combater o bullying e a violência nas escolas?
11/05/2023 • 4 min de leitura

Como combater o bullying e a violência nas escolas?

O combate ao bullying é o principal foco no debate acadêmico e social para se evitar a violência dentro das escolas e prevenir transtornos psicológicos em alunos e professores.

O bullying é o termo em inglês usado para descrever atos de violência física ou psicológica que ocorrem geralmente entre alunos dentro do ambiente escolar. Este comportamento está diretamente relacionado aos casos de agressões entre crianças e adolescentes. Quando não identificado e tratado pode levar a quadros mais graves de violência colocando em risco toda comunidade estudantil, gerando traumas, danos psicológicos e ocasionando atos de violência severos.

As recentes ocorrências de ataques terroristas nas escolas reacenderam a importância de debater e combater casos de bullying e agressões no ambiente escolar. Em 2015, essa preocupação já fazia parte das discussões políticas do país, onde foi elaborado a Política de Combate ao Assédio e às Violências disposta na Lei 13.185/2015, instituindo o programa de combate e prevenção a atos de intimidação sistemática em todo território nacional.

Agravado pelo período de isolamento e pela disseminação de conteúdos violentos e extremistas nas redes sociais, nos últimos anos ocorreu um aumento significativo de ataques terroristas, cometidos, em sua grande maioria, por alunos contra outros estudantes e corpo docente. Uma pesquisa realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que o Brasil ocupa o topo no ranking dos países com maiores índices de violência contra professores.

Bullying

Como a sociedade pode contribuir para combater o bullying e a violência nas escolas?

O encontro da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescente e Família, da Câmara dos Deputados, abriu a discussão sobre como o Estado pode atuar junto com a sociedade para combater de forma eficaz o aumento de ataques violentos que estão levando alunos e profissionais da educação a desenvolverem traumas e transtornos psicológicos e em muitos casos, infelizmente, a perderem suas vidas.

Esta reunião, que ocorreu em parceria com o diretor de Operações Integradas e Inteligência do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Romano Costa, revelou que a disseminação de conteúdo com discurso de ódio nas plataformas digitais é um dos principais motivadores para comportamentos violentos. A discussão ressaltou também a importância das empresas digitais atuarem para romper essa disseminação e da necessidade de se fiscalizar e combater esse tipo de conteúdo criminoso.

O período pandêmico também foi um catalizador da mudança comportamental, muitos alunos, durante o afastamento social, desenvolveram problemas relacionados a depressão, ansiedade e transtornos, que sob influências negativas, podem desencadear comportamento explosivo e extremista, agravando sentimentos de intolerância e agressividade. A criação de uma rede de apoio para acolher e dar o suporte necessário para estes alunos, oferecendo apoio emocional para sua adaptação ao novo cenário de retorno a sociedade, pode ajudar na redução de casos de violência estudantil.

A parceria e o olhar atento das escolas também são fundamentais para interromper a corrente de violência. Disponibilizar um comitê de prevenção para alunos e professores, em parceria com seus familiares e comunidade, pode ser uma forma eficaz de criar um radar capaz de identificar e prevenir possíveis casos de bullying e atentados. Ter uma central de apoio dentro da comunidade estudantil e incluir um movimento de atitudes empáticas e inclusivas é o caminho para proteger e auxiliar alunos e professores na construção de um ambiente educacional mais seguro.

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