Burnout e o futuro do trabalho
1/02/2022 • 3 min de leitura

Burnout e o futuro do trabalho

Afinal de contas, o que de fato é o burnout e como esse mal pode afetar a qualidade de vida e do trabalho das pessoas?

A Síndrome de Burnout é atualmente classificada como um estresse crônico de trabalho que não é administrado como se deveria, sendo reconhecido pela OMS, em 2022, como uma doença relacionada ao trabalho e não ao trabalhador. O burnout, termo derivado da língua inglesa que pode ser traduzido como “queimar-se por completo”, foi criado pelo psicanalista alemão Herbert Freudenberger, em 1974, e reforça a necessidade de ambientes e políticas de trabalho mais saudáveis e equilibradas, visando o bem-estar dos funcionários e responsabilizando, assim, as empresas no que se diz respeito à saúde mental de seus colaboradores.

Essa síndrome ganhou ainda mais evidência com a chegada da pandemia de Covid-19, em 2020, que obrigou muitas pessoas a realizarem trabalhos remotos e a conciliar inúmeras reuniões eletrônicas, cargas horárias de expedientes estendida por falta de rotina e as demais responsabilidades cotidianas e domésticas. A sobrecarga de tarefas faz com que pessoas sofram com a fadiga e o estresse, gerando uma grande tensão emocional no ambiente profissional. Quadros de exaustão emocional avassaladora, sentimentos de “cinismo” (apatia), distanciamento do próprio trabalho, sensação de ineficácia pessoal e carência de realização socioprofissional são comuns quando falamos dessa condição.

 

burnout

Como mudar o cenário corporativo para lidar com a síndrome de burnout?

Sabemos que o trabalho remoto intensificou os casos de burnout entre as pessoas e a previsão dos especialistas é que esse novo formato de trabalho se estabeleça e se torne presente no futuro de muitos colaboradores, principalmente daqueles que exercem algum tipo de atuação no meio digital. Por isso, existe sim a preocupação de profissionais da saúde mental em relação a esse tema e as empresas não podem ficar de fora na hora de reconhecer o seu papel na busca pelo equilibro entre a produtividade sem que haja a sobrecarga de trabalho.

Para que essa mudança ocorra é preciso que os líderes organizacionais entendam a responsabilidade que a carga de trabalho exerce sobre seus funcionários e busquem formas de mudar significativamente a cultura do trabalho presencial e remoto.  Com esse novo cenário de trabalho híbrido, alguns estudos revelam que mudanças como diminuição nas realizações de reuniões online, mudanças nas metas empresariais para metas mais tangíveis, melhor qualidade de equipamento e ambiente de trabalho, equipe multidisciplinar para auxiliar os funcionários, equipe e lideres mais preparados, pausas ociosas no ritmo de trabalho e até mesmo a diminuição na carga horária são algumas das mudanças que podem contribuir para manter a qualidade na saúde dos trabalhadores.

Vale lembrar que o burnout é uma doença que precisa de acompanhamento médico e profissional e em casos de má gestão empresarial com relação aos funcionários que provocam o desencadeamento da síndrome, pode gerar um processo trabalhista que impactará judicialmente a empresa. Enquanto colaborador, fique atento à sua saúde e se precisar, busque ajuda e apoio profissional. 😉

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