Pensar em hábitos alimentares levando em consideração uma gastronomia sustentável influência positivamente nas políticas de saúde, sociais e ambientais.
Cerca de um terço dos alimentos produzidos para consumo humano anualmente vão parar no lixo, e isso gera um impacto profundo na cadeia de produção e alimentação social. Esse dado impacta significativamente as políticas econômicas, pois se trata de desperdícios, mas também gera grande impacto nas políticas sociais e ambientais, já que esses alimentos desperdiçados deixam de se transformar em refeições para milhares de pessoas e ainda contribuem para o aumento na produção de lixo e gases poluentes na atmosfera.
Com isso, adotar uma gastronomia sustentável nunca foi tão imperativo, já que com ela nasce a consciência de hábitos de consumo que visam aproveitar integralmente ou o máximo dos alimentos e seus nutrientes, além de repensar as formas de produção e descarte deles.
Segundo a ONU, a gastronomia deve ser encarada como uma expressão cultural, dessa forma é possível valorizar e investir cada vez mais em agriculturas sustentáveis, culinárias locais, promovendo desenvolvimento agrícola, alimentação segura, nutrição, produção sustentável e conservação da biodiversidade.
Como é possível aplicar a gastronomia sustentável no cotidiano?
Antes de mais nada, é preciso falarmos amplamente sobre esse assunto, fazendo com que as informações e conhecimentos relacionado a ele chegue a todas as pessoas de forma massiva com o intuito de transformar o tema em algo natural no hábito de vida das pessoas e para que assim ele se torne pauta de discussão e reflexão do cotidiano da população (Confira mais sobre o tema). Através desse conhecimento é possível estabelecer práticas diárias de sustentabilidade alimentar, e assim, diminuir o desperdício e gerar também uma preocupação social com a diminuição da fome.
Essas práticas se dão desde a busca por alimentos mais seguros e saudáveis, passando por um consumo consciente que evite o exagero e itens massivamente industrializados, passando pela busca de produtores e comerciantes locais para incentivar a economia local, chegando, enfim, ao preparo desses alimentos de forma que o aproveite ao máximo com receitas e modos de conservação que busquem um total aproveitamento desses alimentos ou o seu mínimo descarte.
Essa mudança fica mais simples quando a alimentação é feita com uma porcentagem maior de alimentos naturais, pois eles são, em sua grande maioria, quase totalmente reaproveitados em várias versões, como as cascas de frutas e legumes, por exemplo. Além de raízes e vegetais que também podem ser consumidos em diversas formas de preparo. Além de oferecer mais saúde ao corpo por serem ricos em vitaminas e minerais e possuir baixo teor de gorduras, açúcares e demais ingredientes que podem contribuir para o surgimento de diversas doenças.
Quando existe a diminuição na compra de produtos industrializados, reduz-se também a produção de lixos e descartes gerados pelas embalagens desses alimentos, que em grande parte são feitas de materiais não recicláveis como o plástico que, já é hoje, uma grande preocupação no que se refere a poluição ambiental. Os alimentos industrializados e ultra processados também contribuem com outras formas de poluição que são ocasionadas nos processos de exploração, fabricação e no transporte desses produtos.
A gastronomia sustentável está, acima de tudo, diretamente relacionada ao combate da fome no mundo, ela é uma prática que se faz necessária e urgente para a preservação da vida humana de forma segura, digna e saudável e por isso é uma pauta que está presente na agenda de órgão como a ONU e a OMS, mas também precisa estar presente na vida de todos nós.
Você está antenado sobre a gastronomia sustentável? Conta pra gente quais são as suas práticas neste processo?