Tipos de fome: qual é a sua?

Mudanças bruscas na rotina e no emocional podem influenciar diretamente no seu apetite. É preciso ficar atento a sua fome.

Frequentemente somos expostos a situações que desencadeiam em nós sentimentos de tensões intensos, assim, ficou cada vez mais comum encontrarmos pessoas com crises de ansiedade, depressão e outros comportamentos psicológicos alterados devido a todas essas mudanças sociais e políticas da atualidade.

Esse estresse não afeta apenas a “cabeça”, mas também altera os hormônios e podem desenvolver diversas doenças e alterações metabólicas. Muitas pessoas, por mudarem o local e a rotina do trabalho ou de estudo, acabaram mudando também sua alimentação e a rotina de atividade física. Tudo mudou e continua mudando o tempo todo.

O fato é que as pessoas ficaram mais em casa e a relação com o alimento mudou. Além da função de nutrir o corpo, a comida está relacionada a diferentes momentos da vida: comemos para comemorar algo feliz ou para compensar um fato triste, por exemplo. Quando isso sai do equilíbrio, podemos nos ver diante de episódios de compulsão.

A pandemia, foi um fator predominante para intensificar o consumo de produtos e receitas não muito saudáveis. Por um lado, tivemos mais tempo para cozinhar e ficamos mais próximos de nossa família para compartilhar receitas e experiências, mas por outro lado, muitas pessoas tiveram sua rotina de trabalho intensificada e confusa no home office. Essas situações demandaram um consumo energético alto, sem o gasto calórico que era praticado antes. Conclusão: aumento de peso, alteração nos exames de sangue, como colesterol, triglicérides, glicemia, etc.

Mas, e agora? Parece que tudo sai do controle…

Sim… Controle. A primeira coisa que precisamos repensar são os nossos mecanismos de controle, ou o SEU autocontrole. Mudar o foco não é fácil, mas é algo extremamente importante quando a ansiedade ou aqueles momentos ociosos batem e a atração principal é comer!

Mudar o comportamento é mudar pequenos vícios, como aquela frase: “eu mereço comer o que eu quiser e quanto eu quiser, pois tive um dia difícil e preciso relaxar”. Às vezes pensamentos de conforto emocional como esse nos leva a algumas ciladas alimentares sem que nem ao menos percebamos.

Mudar o foco é identificar quais são os gatilhos para que essas mudanças e vícios alimentares não aconteçam. E quando acontecerem, mude a sensação de prazer por algo que goste de fazer: medite, cante, ouça uma música, pinte, borde, faça alguma atividade física ou mental que te dê prazer ou simplesmente respire e repita para você mesmo: eu não preciso disso!

Existem vários tipos de fome e vamos te ajudar a identificar qual é a sua para que você consiga bolar estratégias do que fazer quando acontecerem, combinado?

Conheça os tipos de fome e a melhor forma de lidar com cada uma elas

• Fome fisiológica: é quando o organismo precisa receber alimentos nutritivos para funcionar e dar conta da sua rotina. Esse tipo não está relacionado com nenhum alimento específico, mas com qualquer coisa que você encontrar pela frente, por isso programe suas refeições com antecedência para ter sempre disponíveis opções mais saudáveis.

• Fome social: relacionada a uma situação social, como por exemplo, um aniversário. Neste tipo nos rendemos a afirmações como: “já que estou aqui e não tem outra opção” e comemos alimentos com baixo valor nutricional em grandes quantidades. Para a fome social, consuma alguma coisa antes do evento, como um pequeno lanche para que você não chegue com muita fome. Isso o deixará mais seletivo em suas escolhas!

• Fome específica (vontade de comer): relacionada ao prazer em sentir o sabor de algo específico, mas nada urgente. Com esse tipo, a pessoa não fica desesperada se aquele alimento não estiver ali naquele momento, pois pode consumir depois ou em outra oportunidade. Para a fome específica, que pode oscilar em 1x na semana, a cada 15 dias ou 1x no mês, curta o momento quando fizer a refeição, aprecie todos os sentidos e satisfação daquele alimento.

• Fome emocional: envolve comer algo “gostoso”, que não te satisfaz com pequenas porções e vem com a necessidade de urgência e em grande quantidade. Esse é o tipo no qual precisamos prestar mais atenção, pois está associado ao comportamento alimentar e a parte emocional. O ideal é procurar um profissional da saúde como nutricionistas, psicólogos e terapeutas para que eles possam entender o que está acontecendo e indicar o melhor tratamento para você!

E aí, você tem fome de quê? Vamos praticar uma alimentação mais consciente e identificar nossos gatilhos e vícios alimentares?

Você merece o mundo e precisa estar bem e saudável para desfrutar tudo o que ele e a vida têm a te oferecer!

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