Até onde você iria por alguém que nem conhece? As mulheres, em sua essência, demonstram uma capacidade de ir muito além do que é reconhecido.
A maioria de nós sente, se comove e compartilha uma dor que não é nossa. Isso, por si só, já é um ato genuíno de empatia – mas há quem vá além. Quem sente o peso do mundo e decide se levantar para tentar equilibrar a balança, mesmo sabendo que ela quase sempre é desproporcional.
Para essas pessoas, no fim do dia, é também sobre a coragem de agir e se desafiar em prol de algo muito maior. Uma coragem que, quando observada com atenção, nasce de algo que as mulheres geralmente têm em comum: a empatia em sua forma mais pura, aquela que transforma sentimentos em ação.

As brasileiras que desafiaram o bloqueio israelense em missão humanitária na Faixa de Gaza
A última expedição humanitária reuniu mais de 40 embarcações com ativistas que tentaram romper o bloqueio israelense para chegar à Faixa de Gaza, levando suprimentos e visibilidade a uma população em crise. Entre os participantes, muitas eram mulheres e as brasileiras também marcaram presença. Apesar dos desafios cotidianos já conhecidos, elas escolheram remar em direção a um povo que, há mais de dois anos, vive um sofrimento inimaginável, com mais de 67 mil mortos e milhares de pessoas à beira da fome e do desespero.
O que move uma pessoa a sair da própria zona de conforto para enfrentar o mar, o medo e o sistema? Sem saber se, como ou quando voltariam, essas representantes femininas usaram o senso de justiça como combustível e atravessaram o mar junto com outros ativistas em uma expedição incerta.
Queremos (e precisamos) falar delas! Por isso, aqui estão os nomes das brasileiras que fizeram história ao tentar levar ajuda a Gaza, num momento em que o sofrimento parecia normalizado:

Marina Conti
Vereadora em Campinas, socióloga e doutoranda em Ciência Política pela Unicamp, é ativista feminista e defensora dos direitos humanos e da diversidade sexual. Já atuou na luta em defesa da educação pública e pelo passe livre.

Luizianne Lins
Deputada federal pelo Ceará, jornalista, professora universitária e doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Militante socialista e feminista desde os anos 1980, com atuação ativa na defesa dos direitos humanos.

Gabriele Tolotti
Presidente de partido político no Rio Grande do Sul e formada em Relações Públicas, iniciou sua militância ainda na juventude, sendo uma das fundadoras do movimento “Juntos”.

Lisiane Proença Severo
Comunicadora popular e agitadora cultural, há uma década viaja conectando lutas socioambientais. Já participou de diversas ações ativistas, como o projeto “Amazônia de Pé” e trabalhos voluntários em Cuba.

Ariadne Catarina Cardoso Tele
Advogada com atuação nos direitos humanos, militante do movimento “Bem Viver” e atuante na defesa de comunidades e territórios na Amazônia.
Que as histórias dessas mulheres nos inspirem a lembrar que a chama da empatia é uma luz que nunca deve se apagar. Não precisamos cruzar oceanos ou desafiar sistemas complexos para fazer a diferença: basta um olhar atento, um gesto gentil ou uma voz que se levanta por quem precisa. Afinal, cada pequena ação, feita com alma e coração aberto, é um passo em direção a um mundo mais humano e conectado. E sim, podemos fazer isso.
Para mais informações sobre a expedição Global Sumud Flotilla, você pode acessar o site oficial da coalizão: https://globalsumudflotilla.org/about/