Muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população.
Doenças graves como poliomielite, sarampo, rubéola, tétano e coqueluche são alguns exemplos de doenças que eram comuns no passado e que as novas gerações conhecem apenas por ouvirem falar. Porém, dados recentes sobre a taxa de vacinação da população nacional têm preocupado especialistas em saúde pública.
Essa preocupação se dá porque segundo os dados do Datasus, setor que reúne dados relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS), mostraram que o Brasil está há quase sete anos sem alcançar o patamar mínimo de 95% da população imunizada com algum tipo de vacina. Entre as principais vacinas presentes no Programa Nacional de Imunização (PIN), as que apresentaram uma maior queda foram as de rubéola, febre amarela, rotavírus e das hepatites virais.
Por que as taxas de vacinação caíram e quais os riscos desse comportamento?
Um dos principais fatores que explicam o aumento na queda da taxa de imunização é a desinformação altamente difundida por grupos e movimentos anti-vacina, que com o avanço das redes sociais, ganharam ainda mais força na disseminação de fake news com informações e teorias infundadas e não comprovadas cientificamente sobre os efeitos da vacina.
Mesmo o Brasil sendo um país com um dos maiores índices de imunização mundial, com a eficiente e gratuita campanha mobilizada pelo SUS, o crescente movimento anti-vacina aponta um problema muito sério para a sociedade, já que o retorno de doenças já erradicadas como o sarampo e o difícil controle de pandemias como a Covid-19 tem se tornando realidade no país.
As principais vítimas dessa rede de desinformação são as crianças, já que dependem exclusivamente dos seus responsáveis para a sua imunização e que muitas vezes são influenciados pelas fakes news e optam pela não vacinação dos seus filhos. Segundo a Unicef, três em cada dez crianças no Brasil não receberam vacinas necessárias para protegê-las de doenças potencialmente fatais. Quando o número de crianças não vacinadas aumenta tornam-se mais fácil a propagação de doenças que podem levar a surtos e pandemias em diversos lugares do mundo.
Como combater as desinformações e reforçar a importância das vacinas?
A pandemia de coronavírus que vitimou mais de 600 mil pessoas no Brasil, somente pode ser controlada, após a vacinação rápida e em massa da população. Graças a ela foi possível voltar a vida em sua normalidade com a segurança de que os casos da doença fossem reduzidos e quando acometido, em sua maioria, apenas com sintomas leves.
Essa é a prova mais recente de que as vacinas funcionam. Por isso, a importância de se intensificar os programas e campanhas de vacinação, bem como o reforço ao combate a desinformação e as fakes news, com o intuito de esclarecer as informações de forma profissional à população reforçando a importância das vacinas e os riscos de não as tomar.
A população deve ficar atenta as fontes de informações, buscando a opinião profissional ou canais oficiais do Ministério da Saúde ou SUS sobre as dúvidas que possa ter sobre as vacinas. É importante ainda que não se compartilhe em grupos informações de fontes duvidosas, para que não se crie ali um ciclo de desinformação.
Além dos pequenos efeitos colaterais temporários como febre e dores no local da aplicação, as vacinas são seguras e possuem uma ação imunizante potente para doenças muito graves, por isso é muito importante seguir o calendário vacinal. Vacine-se e incentive seus familiares e amigos a também buscarem um posto de vacinação gratuito para atualizar as doses de vacinas. Confira aqui o calendário de vacinação do PNI.