O Brasil é um país laico onde a liberdade religiosa é um direito e o respeito é o essencial para que todos possam manifestar livremente as suas crenças.
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado todo dia 21 de janeiro, marca a importância de se combater rigorosamente perante a lei os ataques violentos e o preconceito que, ainda hoje, existem com algumas religiões, principalmente as religiões de matriz africanas. O Candomblé, a Umbanda, a Jurema Sagrada e o Tambor de Mina são algumas das religiões que sofrem com esse aumento expressivo no índice de violência: só no ano de 2019, as denúncias de intolerância religiosa aumentaram 56% no Brasil.
O desrespeito e a violência à essas religiões são evidenciadas por invasões de terreiros e ataques a sacerdotes, zeladores, pais ou mães de santo e dirigentes por grupos criminosos que não respeitam a expressão de fé em outras religiões que não a sua.
Por que algumas pessoas não respeitam outras religiões?
A intolerância religiosa é um dos problemas mais antigos e delicados que existe no mundo. Pessoas e líderes fanáticos religiosos disseminam o preconceito e incitam atos de violências contra outras religiões provocando, por toda a nossa história, ações criminosas e até mesmo guerras com o intuito de exterminar outras religiões e estabelecer uma única religião como a religião que “estaria com a razão”.
A falta de bom senso e de respeito mínimo à diversidade são os principais motivadores dessa triste realidade. A imposição de uma crença a outro ser humano ou cultura geram situações de caos e violência, além de ser um ato de ofensa à liberdade que é de direito de todos.
Como combater a intolerância religiosa no país?
A chave para combater a intolerância religiosa são sem sombra de dúvidas o conhecimento, a empatia e o respeito. Como sociedade, devemos acima de qualquer coisa aprender a conviver em harmonia com todas as diferenças.
O Brasil é um estado laico, ou seja, todo o indivíduo tem o direito e a liberdade de expressar a sua fé e crença religiosa de maneira livre, e assim, todo e qualquer ato de discriminação religiosa é crime previsto na Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997. Essa norma garante que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
Todas as pessoas e suas respectivas religiões merecem proteção e respeito e nós também podemos fazer a nossa parte. Ao presenciar ou ser vítima de algum tipo de descriminação ou violência religiosa, denuncie via Disque 100, número de telefone do governo que funciona 24 horas por dia para receber denúncias de violações de direitos